quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mitos e Verdades

Todos os métodos contraceptivos, se usados por um longo período de tempo, podem causar infertilidade?

R: Mito. O que pode ocorrer é a demora para o organismo voltar ao normal e, por isso, a mulher pode não conseguir engravidar de imediato.


Existem métodos contraceptivos melhores que outros?
R: Mito. De acordo com o Ministério da Saúde, não há um método melhor que o outro, pois cada um tem vantagens e desvantagens, e não existe também um que seja 100% eficaz; todos podem falhar, inclusive a laqueação das trompas e a vasectomia. Sendo assim, o melhor é adotar aquele que deixa a pessoa mais confortável e que mais se adapta ao seu modo de vida e à sua condição de saúde.

Os serviços públicos de saúde devem oferecer opções de métodos anticoncepcionais?
R: Verdade. Segundo a lei, o planejamento reprodutivo é um conjunto de ações em que é oferecido um leque de métodos e técnicas para a contracepção ou anticoncepção, isto é, para auxiliar a pessoa a ter filhos ou para prevenir uma gravidez indesejada. Os métodos devem ser cientificamente aceites e não colocar em risco a vida e a saúde das pessoas, com garantia da liberdade de escolha.




O preservativo é 100% seguro?

R: Mito. Nenhum método é 100% seguro, mas as pílulas, por exemplo, têm 99,9% de eficácia se a mulher tomar corretamente: no mesmo horário e sem se esquecer de nenhum comprimido.

 

O preservativo protege de todas as doenças sexualmente transmissíveis?

R: Verdade. É, inclusive, o único método que protege de todas as DST's.



Usar dois preservativos masculinos garante uma maior proteção?
R: Mito. O uso de dois preservativos aumenta os riscos de rompimento durante a relação sexual. A dupla proteção é apenas dada pelo uso combinado do preservativo masculino ou feminino com outro método contracetivo, com a finalidade de promover, ao mesmo tempo, a prevenção da gravidez e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.





quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Sistema Intrauterino (SIU)

O SIU, em relação ao DIU, é um pouco menor e vem sempre na forma de um 'T', tem um reservatório de hormonas em torno da haste e liberta um tipo de progesterona sintética (progestativo) chamada levonorgestrel (LNH). A substância torna o muco produzido no colo do útero mais espesso, o que impede a chegada dos espermatozoides às trompas, impedindo uma possível fecundação. Além disso, a hormona deixa o endométrio mais fino, o que dificulta a implantação embrionária na parede do útero.


Modo de utilização

É inserido pelo médico diretamente no útero, utilizando um aplicador específico.
No útero o SIU liberta diariamente pequenas quantidades de um hormona provocando um espessamento do muco cervical o que faz com que a penetração pelos espermatozoides se torne mais difícil. Além disso a presença do progestativo na cavidade uterina modifica o endométrio (membrana formada por fibras musculares, que reveste a parede do útero e é estimulada por hormonas ováricas - estrogénios e progesterona) não permitindo a nidação. As mulheres com o sistema intrauterino não menstruam ou têm perdas de sangue escassas e irregulares.



Vantagens

- Contraceção de longa duração (5 anos);
- Cómodo;
- Muito eficaz, não dependendo da colaboração da utilizadora;
- Fácil e rápida aplicação pelo técnico de saúde;
- Não contribui para um aumento de peso;
Não há necessidade de se fazer alguma ação diária para a contracepção ter efeito.


Desvantagens

- Inicialmente podem surgir perdas de sangue escassas e persistentes;
- Não protege contra as DST (não dispensa do uso de preservativo);
- Menstruações de menor fluxo ou até mesmo inexistentes (amenorreia, neste caso secundária);
- Risco de perfuração uterina;
- Risco de aparecimento de quistos ováricos (embora, na maioria benignos);
- Risco de doença inflamatória pélvica;
- Aplicação tem de ser feita por um profissional de saúde.



Tem uma eficácia de aproximadamente 99% sendo assim um método contracetivo bastante seguro, ou seja, imaginando que não ocorre nenhum problema aquando da sua utilização, em 100 mulheres apenas uma engravida.





segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Dispositivo Intrauterino (DIU)

O DIU é um pequeno dispositivo de plástico flexível revestido por um fio de cobre. É introduzido na cavidade uterina, por um técnico de saúde, no período menstrual da mulher, com o objetivo de evitar uma gravidez, porém sempre que a mulher queira engravidar poderá ser lho retirado. 

Dispositivos Intrauterinos revestidos por cobre


Este mecanismo atua dificultando a entrada dos espermatozóides no útero da mulher e provocar uma reação “inflamatória” no útero que irá impedir a nidação do embrião. 

Como se insere? 

É colocado por um médico, num dia qualquer desde que haja certezas de que a mulher não está grávida, porém é mais frequente a sua colocação durante o período menstrual, pois o colo estará dilatado.
Após a sua colocação, os fios são encurtados e é ensinado à mulher a sentir os fios, certificando-se que o dispositivo está bem colocado, depois de cada fluxo menstrual. 
É normal ocorrerem ligeiras dores e/ou perdas de sangue depois da sua colocação.  

A mulher é alertada para os sinais de alarme: dores violentas, hemorragias intensas ou febres. Caso nada disto aconteça (que é o mais comum), apenas é necessário fazer uma ecografia depois da menstruação seguinte para confirmar a posição do DIU.  

Colocação do DIU
Primeiramente o profissional de saúde com uma pinça puxa para baixo colo do útero, de seguida introduz um aparelho para medir o útero e depois coloca com um introdutor o dispositivo encurtando o fio no final.

O DIU é indicado para quem:

  • Pretende um método de longa duração, reversível e que não interfira na relação sexual;
  • Tenha um ou mais filhos ou acabou de ter;
  • Para quem tolere alterações na menstruação, nomeadamente fluxos menstruais mais abundantes e prolongados.

Vantagens

  1. É reversível;
  2. Fácil utilização;
  3. Não interfere na relação sexual;
  4. Duradouros (entre 3 a 5 anos).

Desvantagens


  1. É necessária uma visita periódica a um especialista;
  2. Não protege contra DST's;
  3. Risco de infeções genitais que podem levar à infertilidade;
  4. Pode tornar-se incómodo;
  5. A colocação do DIU tem de ser feita por um profissional de saúde;
  6. Efeitos secundários:
    • Aumento do fluxo mentrual;
    • Dor pélvica;
    • Corrimento vaginal.
  7. Contra indicações:
    • Quando há suspeita de gravidez;
    • Nas situações de DIP (doença inflamatória pélvica);
    • Existem infecções sexualmente transmissíveis;
    • Em situações de anomalias uterinas;
    • Quando existe alergia ao cobre;
    • Quando as mulheres nunca tiveram filhos.

Eficácia

O nível de eficácia do DIU é muito elevado, entre 97% a 99%, e aumenta com o tempo de utilização. Aproximadamente três gravidezes por ano em cada 100 mulheres.


sábado, 26 de outubro de 2013

Preservativo Masculino

É constituído por um invólucro de látex pré lubrificado, que é colocado no pénis erecto antes de qualquer contacto genital, isto porque e tal como explicado anteriormente existe a produção de um líquido pré ejaculatório que pode já conter espermatozoides, constituindo assim uma barreira à passagem de fluidos genitais para a vagina durante o ato sexual. Quando usado corretamente é um método que diminui quase totalmente o risco da mulher engravidar, sendo por isso o método contracetivo mais utilizado nos dias de hoje. 


Preservativo masculino


Modo de utilização



Vantagens


- É de fácil aquisição;
- É o único método contraceptivo que protege o usuário de DST’s;
- Não necessita de acompanhamento médico;
- Pode contribuir para minorar situações de ejaculação precoce;
- Ausência de efeitos secundários graves ou contra-indicações.


Desvantagens


- Se for mal aplicado podem romper permitindo a passagem do sémen e desta maneira a transmissão de possíveis infeções;
- Podem surgir reações alérgicas;
- Diminui a sensibilidade dos órgãos genitais.


A fim da utilização de um preservativo com segurança acrescida é necessário ter em consideração alguns cuidados, tais como: 

  • O estado de conservação da embalagem;
  • Prazo de validade;
  • Conservação das embalagens dos preservativos em lugares frescos e afastados do sol direto;
  • Abrir a embalagem com cuidado (sem utilizar objetos cortantes e evitar que as unhas rompam o preservativo);
  • Utilizar o preservativo apenas uma vez.


Eficácia


Com um uso correto e responsável do método a probabilidade de surgir uma gravidez indesejada é muito baixa, aproximadamente, 5 a 10 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Preservativo feminino

Feito de um tubo de borracha fina, com um anel em cada extremidade. Um destes é fechado e inserido na vagina de modo a acomodar-se ao colo do útero. A outra extremidade é aberta e ajustada em volta da abertura da vagina e da vulva.
Preservativo Feminino

Deve ser introduzido na vagina antes da relação sexual. Depois da ejaculação, o preservativo retém o esperma prevenindo o contacto com colo do útero, evitando a gravidez.


Colocação do preservativo feminino

Vantagens:

- Evita a gravidez; 
- Protege contra as DST’s;
- Não necessita supervisão clínica;
- É mais resistente que o preservativo masculino;
- Ausência de efeitos secundários ou contra indicações graves;
- É reversível. 

Desvantagens:

-Difícil utilização;
-Elevado custo (o seu preço chega a ser o triplo do que é o do preservativo masculino);
-Diminui a sensação vaginal.


E tal como na utilização da maioria dos métodos contraceptivos existem cuidados a ter, tais como:

  • Não guardar os preservativos num local quente;
  • Verificar o prazo de validade;
  • Não utilizar o preservativo feminino ao mesmo tempo que o preservativo masculino;
  • Usar um preservativo novo em cada relação sexual.

Eficácia:

Se for utilizado correctamente é um método seguro, a sua eficácia varia de 82 a 97%. Estima-se que possam ocorrer 10 gravidezes por cada ano em 100 mulheres.




terça-feira, 22 de outubro de 2013

Método do Diafragma

É um método não natural, mecânico, constituído por um disco de borracha ou silicone com um aro flexível, que quando utilizado correctamente, impede o contacto entre o sémen e o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozóides e por sua vez a fecundação. 




Modo de utilização 



Colocação do diafragma
Antes, de proceder à escolha do diafragma, a mulher deverá consultar o seu ginecologista, para que este determine o tamanho adequado e forneça indicações acerca de como utilizar o diafragma. Se  a mulher aumentar relativamente de peso, deverá ser reavaliada,podendo precisar de um outro diafragma.
O diafragma poderá ser colocado pela mulher, até cinco horas antes da relação no interior da vagina.
Após ocorrer a relação e o homem ejacular, a mulher deve esperar entre 6 a 24 horas para retirar o diafragma, que posteriormente deverá ser lavado com sabão neutro, seco e guardado num recipiente próprio. Se forem seguidas estas indicações, um diafragma pode durar até três anos. 

 


Vantagens   

  • Não interfere com o acto sexual;
  • Contribui para que a mulher conheça melhor o seu corpo;
  • Não interfere com o ciclo menstrual;
  • Sem efeitos secundários significativos;
  • Protege o colo do útero contra algumas DST;
  • É reutilizável (pode durar entre 2 a 3 ano);
  • Protege contra a doença inflamatória pélvica e o cancro do colo do útero.


Desvantagens

  • Não pode ser usado por mulheres virgens, com algum problema no colo do útero ou por mulheres sensíveis ao látex;
  • Não protege contra todas as DST;
  • Existe contra-indicações;
  • Não é comercializado em portugal.


 Eficácia


O diafragma tem um nível eficácia de 85%, ou seja em cada cem mulheres por ano que utilizam este método, 15 ficam grávidas.
Para aumentar a eficácia deste método pode ser usado em simultâneo um creme espermicida (irá ser esclarecido num dos blogs ao lado referidos). Este deverá ser aplicado 15 a 20 minutos antes da relação.  


Contra-indicações quando:

  • Existam fístulas, lacerações ou anomalias vaginais;
  • Se verifica a alergia à borracha e sensibilidade a espermicidas;
  • Existe elevado risco de infecção por HIV;
  • É evidente a incapacidade de manusear e utilizar correctamente.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Métodos contracetivos não naturais


Existem dois tipos de métodos contracetivos não naturais, os mecânicos e os químicos. Estes, tal como os naturais, têm uma função contracetiva porém, actuam por meio de intervenções cirúrgicas, dispositivos localizados e utilização de hormonas sexuais.

Os métodos contracetivos não naturais subdividem-se em:

  • Químicos;
  • Mecânicos; 
  • Cirúrgicos. 

*Porém, neste blog iremos apenas falar sobre os mecânicos.